Este serviço já tem uns anos, mas não começou originalmente com a abertura do Hospital de S. João, em 1959, uma vez que, nesta altura, ainda não existia a especialidade de Pneumologia”, explica o Prof. Venceslau Hespanhol. Foi então mais tarde, na década de 70, que a Pneumologia “iniciou o seu percurso de forma independente e começou a desenvolver as várias áreas que atualmente compõem o Serviço”, prossegue o médico pneumologista. Para dar resposta a todas estas valências atuais também a equipa do serviço teve de evoluir ao longo dos anos. Atualmente, nas palavras do diretor de serviço, “tanto do ponto de vista técnico, como do ponto de vista científico, temos pessoas que se dedicam de uma forma muito profunda e voluntariosa e que têm imenso gosto em evoluir. Tentamos alocar cada elemento a uma área especifica, que tenha mais gosto em desenvolver, de forma a que se criem mais-valias para o especialista, mas que tenha também uma repercussão direta nos doentes que estão a tratar”.
Este serviço já tem uns anos, mas não começou originalmente com a abertura do Hospital de S. João, em 1959, uma vez que, nesta altura, ainda não existia a especialidade de Pneumologia”, explica o Prof. Venceslau Hespanhol. Foi então mais tarde, na década de 70, que a Pneumologia “iniciou o seu percurso de forma independente e começou a desenvolver as várias áreas que atualmente compõem o Serviço”, prossegue o médico pneumologista. Para dar resposta a todas estas valências atuais também a equipa do serviço teve de evoluir ao longo dos anos. Atualmente, nas palavras do diretor de serviço, “tanto do ponto de vista técnico, como do ponto de vista científico, temos pessoas que se dedicam de uma forma muito profunda e voluntariosa e que têm imenso gosto em evoluir. Tentamos alocar cada elemento a uma área especifica, que tenha mais gosto em desenvolver, de forma a que se criem mais-valias para o especialista, mas que tenha também uma repercussão direta nos doentes que estão a tratar”.
Uma dessas áreas é a da Pneumologia Oncológica que, “desde há muito tempo, é diferenciadora neste serviço e tem sofrido uma grande aposta e uma grande evolução, uma vez que são muitos e bastante complexos os doentes”, começa por referir o Dr. David Araújo. Há 10 anos no serviço, o médico pneumologista destaca a evolução em termos de intervenções terapêuticas que assistiu nesta área durante este período: “todos os anos surgem novas e, felizmente, essas inovações têm-se traduzido em resultados para os nossos doentes. Temos doentes que, quando iniciei aqui, poucos anos viveriam e que, atualmente, estão vivos ao final de muitos anos e com qualidade de vida. Poder assistir a esta evolução é muito enriquecedor”.
Também o Prof. Venceslau Hespanhol destacou a importância para o serviço do diagnóstico e tratamento do cancro do pulmão: “o que verificamos é que temos cada vez mais doentes em seguimento e tratamento. Isto mercê do facto de conseguirmos tratar doentes avançados, com êxito, mantê-los clinicamente estáveis, com a doença estável. Claro que isto implica também uma enorme carga para a Pneumologia”.
Igualmente dedicado à área da Pneumologia Oncológica e simultaneamente responsável pela coordenação do setor das técnicas de intervenção, o Prof. Doutor Hélder Novais Bastos destacou a “vertente muito forte no diagnóstico, estadiamento e tratamento de doentes com cancro do pulmão” que existe neste mesmo setor. Existe ainda, de acordo com o pneumologista, “a perspetiva futura de haver um rastreio de cancro do pulmão para uma população de risco, à semelhança do que já existe em outros países e, quando isso acontecer, essa responsabilidade terá de ser assumida por centros diferenciados como o nosso. Estamos a preparar-nos nesse sentido”.
Uma dessas áreas é a da Pneumologia Oncológica que, “desde há muito tempo, é diferenciadora neste serviço e tem sofrido uma grande aposta e uma grande evolução, uma vez que são muitos e bastante complexos os doentes”, começa por referir o Dr. David Araújo. Há 10 anos no serviço, o médico pneumologista destaca a evolução em termos de intervenções terapêuticas que assistiu nesta área durante este período: “todos os anos surgem novas e, felizmente, essas inovações têm-se traduzido em resultados para os nossos doentes. Temos doentes que, quando iniciei aqui, poucos anos viveriam e que, atualmente, estão vivos ao final de muitos anos e com qualidade de vida. Poder assistir a esta evolução é muito enriquecedor”.
Também o Prof. Venceslau Hespanhol destacou a importância para o serviço do diagnóstico e tratamento do cancro do pulmão: “o que verificamos é que temos cada vez mais doentes em seguimento e tratamento. Isto mercê do facto de conseguirmos tratar doentes avançados, com êxito, mantê-los clinicamente estáveis, com a doença estável. Claro que isto implica também uma enorme carga para a Pneumologia”.
Igualmente dedicado à área da Pneumologia Oncológica e simultaneamente responsável pela coordenação do setor das técnicas de intervenção, o Prof. Doutor Hélder Novais Bastos destacou a “vertente muito forte no diagnóstico, estadiamento e tratamento de doentes com cancro do pulmão” que existe neste mesmo setor. Existe ainda, de acordo com o pneumologista, “a perspetiva futura de haver um rastreio de cancro do pulmão para uma população de risco, à semelhança do que já existe em outros países e, quando isso acontecer, essa responsabilidade terá de ser assumida por centros diferenciados como o nosso. Estamos a preparar-nos nesse sentido”.
Para o Prof. Doutor Hélder Novais Bastos, que integra o serviço desde 2010, tendo feito aqui o seu internato, “este é um serviço que cresceu com a Pneumologia de intervenção e com técnicas invasivas que foram, progressivamente, sendo menos invasivas e gradualmente transportando da broncoscopia terapêutica de doentes que tinham uma obstrução da via aérea para o aumento da vertente do diagnóstico e estadiamento do cancro do pulmão. Mas agora, sem perder estas duas fases, vamos também para o tratamento. Acredito que, até ao final da minha carreira, depois do rastreio e estadiamento atempados aos nossos doentes, vamos também oferecer tratamento endoscópico para a doença ainda localizada. Isto é ainda foco de investigação, mas é algo muito promissor e acreditamos que vamos, enquanto serviço, poder estar nessa História”.
Perante este cenário, o médico pneumologista refere que “estamos a assistir hoje a um tempo muito vibrante da Pneumologia de intervenção. Estamos a ganhar uma enorme capacitação técnica”. Destaca ainda a aposta que o CHUSJ tem feito nesta inovação ao fornecer os meios, a tecnologia e os recursos necessários para este desenvolvimento. Exemplo disso é a aquisição prevista até ao final deste ano de “um equipamento de navegação eletromagnética e que nos vai capacitar de acedermos aos nódulos periféricos. E se, nesta fase, nos nódulos periféricos, vamos poder fazer um diagnóstico de uma forma rápida e segura, num prazo que eu diria 10/15 anos, vamos estar a oferecer tratamento nesses doentes e, provavelmente, no mesmo tempo operatório, fazer diagnóstico, estadiamento e decidir o tratamento. Portanto, isto é, de facto, muito excitante”, conclui o Prof. Doutor Hélder Novais Bastos.
Para o Prof. Doutor Hélder Novais Bastos, que integra o serviço desde 2010, tendo feito aqui o seu internato, “este é um serviço que cresceu com a Pneumologia de intervenção e com técnicas invasivas que foram, progressivamente, sendo menos invasivas e gradualmente transportando da broncoscopia terapêutica de doentes que tinham uma obstrução da via aérea para o aumento da vertente do diagnóstico e estadiamento do cancro do pulmão. Mas agora, sem perder estas duas fases, vamos também para o tratamento. Acredito que, até ao final da minha carreira, depois do rastreio e estadiamento atempados aos nossos doentes, vamos também oferecer tratamento endoscópico para a doença ainda localizada. Isto é ainda foco de investigação, mas é algo muito promissor e acreditamos que vamos, enquanto serviço, poder estar nessa História”.
Perante este cenário, o médico pneumologista refere que “estamos a assistir hoje a um tempo muito vibrante da Pneumologia de intervenção. Estamos a ganhar uma enorme capacitação técnica”. Destaca ainda a aposta que o CHUSJ tem feito nesta inovação ao fornecer os meios, a tecnologia e os recursos necessários para este desenvolvimento. Exemplo disso é a aquisição prevista até ao final deste ano de “um equipamento de navegação eletromagnética e que nos vai capacitar de acedermos aos nódulos periféricos. E se, nesta fase, nos nódulos periféricos, vamos poder fazer um diagnóstico de uma forma rápida e segura, num prazo que eu diria 10/15 anos, vamos estar a oferecer tratamento nesses doentes e, provavelmente, no mesmo tempo operatório, fazer diagnóstico, estadiamento e decidir o tratamento. Portanto, isto é, de facto, muito excitante”, conclui o Prof. Doutor Hélder Novais Bastos.
Definida pelo diretor do serviço como a área em maior crescimento em termos diagnósticos, as doenças pulmonares intersticiais assumem também uma grande importância na vertente assistencial desta equipa.
É precisamente a esta valência que o Prof. Doutor António Morais dedica grande parte da sua atividade neste hospital. O atual presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia recorda a evolução que tem existido nesta área desde que começou o seu internato, neste mesmo hospital, em finais dos anos 90: “na altura, até o diagnóstico era muito pobre, o conceito de diagnóstico que temos hoje desenvolve-se muito durante os anos 90, nomeadamente com a TAC com cortes de alta resolução e com o lavado broncoalveolar. Isto foi, de facto, a grande revolução pois permitiu o reconhecimento e a diferenciação das várias doenças”. Se quando começou a sua atividade e a diferenciação nas doenças do interstício esta era uma área vista apenas como complemento, “houve um desenvolvimento tal que, hoje, é das principais atividades, não apenas neste serviço, mas na generalidade dos hospitais. As doenças do interstício englobam um número muito significativo de doentes e são, claramente, um pilar dos serviços de Pneumologia”, refere o Prof. António Morais.
Relativamente a este conjunto de patologias, o Prof. Venceslau Hespanhol realça a evolução no diagnóstico, que atualmente é feito “de forma menos invasiva do que tradicionalmente o era, em que obrigava à realização de biópsia cirúrgica. Atualmente, a criobiópsia, realizada por broncoscopia, permite caraterizar situações em que a imagem, por si só, não é suficiente, tornando mais precisa a decisão terapêutica e o conhecimento correto do prognóstico dos doentes”.
Fundamental para o desenvolvimento da área das doenças difusas do pulmão, de acordo com o Prof. Doutor António Morais, é a interação entre a Pneumologia e outros serviços, algo que este hospital tem permitido e fomentado. “Há várias áreas da Pneumologia em que para desenvolvermos o nosso trabalho temos de colaborar com outros serviços e esta é uma delas. A Radiologia Torácica, a Anatomia Patológica e a Reumatologia são fundamentais na abordagem destas doenças. Estamos diariamente em contacto e interação com doentes comuns - todas as semanas temos reuniões com a Reumatologia, e a Radiologia e a Anatomia Patológica são fundamentais para o diagnóstico destas doenças”, refere o médico pneumologista. Para o presidente da SPP, sempre houve por parte dos diretores destes serviços “uma sensibilização de que era necessário este trabalho conjunto e isso é algo absolutamente fundamental para uma abordagem de qualidade nesta área”.
Definida pelo diretor do serviço como a área em maior crescimento em termos diagnósticos, as doenças pulmonares intersticiais assumem também uma grande importância na vertente assistencial desta equipa.
É precisamente a esta valência que o Prof. Doutor António Morais dedica grande parte da sua atividade neste hospital. O atual presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia recorda a evolução que tem existido nesta área desde que começou o seu internato, neste mesmo hospital, em finais dos anos 90: “na altura, até o diagnóstico era muito pobre, o conceito de diagnóstico que temos hoje desenvolve-se muito durante os anos 90, nomeadamente com a TAC com cortes de alta resolução e com o lavado broncoalveolar. Isto foi, de facto, a grande revolução pois permitiu o reconhecimento e a diferenciação das várias doenças”. Se quando começou a sua atividade e a diferenciação nas doenças do interstício esta era uma área vista apenas como complemento, “houve um desenvolvimento tal que, hoje, é das principais atividades, não apenas neste serviço, mas na generalidade dos hospitais. As doenças do interstício englobam um número muito significativo de doentes e são, claramente, um pilar dos serviços de Pneumologia”, refere o Prof. António Morais.
Relativamente a este conjunto de patologias, o Prof. Venceslau Hespanhol realça a evolução no diagnóstico, que atualmente é feito “de forma menos invasiva do que tradicionalmente o era, em que obrigava à realização de biópsia cirúrgica. Atualmente, a criobiópsia, realizada por broncoscopia, permite caraterizar situações em que a imagem, por si só, não é suficiente, tornando mais precisa a decisão terapêutica e o conhecimento correto do prognóstico dos doentes”.
Fundamental para o desenvolvimento da área das doenças difusas do pulmão, de acordo com o Prof. Doutor António Morais, é a interação entre a Pneumologia e outros serviços, algo que este hospital tem permitido e fomentado. “Há várias áreas da Pneumologia em que para desenvolvermos o nosso trabalho temos de colaborar com outros serviços e esta é uma delas. A Radiologia Torácica, a Anatomia Patológica e a Reumatologia são fundamentais na abordagem destas doenças. Estamos diariamente em contacto e interação com doentes comuns - todas as semanas temos reuniões com a Reumatologia, e a Radiologia e a Anatomia Patológica são fundamentais para o diagnóstico destas doenças”, refere o médico pneumologista. Para o presidente da SPP, sempre houve por parte dos diretores destes serviços “uma sensibilização de que era necessário este trabalho conjunto e isso é algo absolutamente fundamental para uma abordagem de qualidade nesta área”.
O Centro Hospitalar e Universitário de S. João é, desde 2017, Centro de Referência de Fibrose Quística sendo a Dr.ª Adelina Amorim a responsável pela unidade de adultos - a unidade de crianças é da responsabilidade da Pediatria -, no entanto, ambas as especialidades funcionam como um centro conjunto.
Relativamente ao funcionamento deste Centro de Referência, a Dr.ª Adelina Amorim, que integra o serviço desde 2000, explica que “está organizado de uma forma multidisciplinar, embora os doentes sejam centralizados na Pneumologia. Todas as outras especialidades são de apoio, são referenciadas por nós e, portanto, são satélites à consulta da Pneumologia, sendo esta uma consulta que necessita imenso desse apoio multidisciplinar”. Assim, além da consulta de avaliação de transplante pela Pneumologia, existem outras consultas paralelas, algumas das quais simultaneamente com a consulta de Pneumologia de forma a minimizar deslocações ao hospital, tais como a consulta de Psicologia e “uma consulta recém criada de serviços farmacêuticos e que tem sido muito importante para uma melhor adesão terapêutica dos doentes e uma melhor vigilância de efeitos secundários da terapêutica”.
Estando dedicada a esta área desde 2005, a Dr.ª Adelina Amorim recorda que, quando começou, “havia um grupo de doentes bastante restrito, resultado de ainda não termos uma consulta organizada e da sobrevida ser muito mais curta quando comparada ao dia de hoje”. Houve, desde então, um crescimento e uma “melhoria progressiva dos cuidados prestados a esses doentes que se prende com o seguimento de protocolos, com uma vigilância apertada, com uma grande disponibilidade para os doentes sempre que a sua doença agrava e com o apoio multidisciplinar. Depois, a partir de 2019, a evolução terapêutica, com os moduladores da CFTR causaram uma revolução na doença”, explica a médica pneumologista.
Algo igualmente importante e com impacto na sobrevida, para a Dr.ª Adelina Amorim, é “o diagnóstico em formas adultas: ao longo destes anos estamos muito mais alerta, portanto, há muito mais colegas da Pneumologia (e não só) a pensar na possibilidade de uma fibrose quística num doente adulto e todos os anos temos tido dois, três diagnósticos em doentes com 30, 40 e até 50 anos. Os colegas já não acham estranha a possibilidade de se pedir uma prova de suor a um doente com 20, 30 ou 40 anos sempre que clinicamente fizer sentido e existirem traços da doença. Antigamente persistia a ideia de que a fibrose quística era uma doença da Pediatria, isso tem mudado e tem contribuído para este aumento gradual, portanto, em que tínhamos cinco, seis doentes quando começamos e agora temos 57 doentes em seguimento no centro de referência”.
A Dr.ª Adelina Amorim dedica também parte da sua atividade a doentes com bronquiectasias não fibrose quística – consulta que tem perto de 300 doentes em seguimento. “Doentes que são muito exacerbadores” pelo que, o grande desafio nesta área, para a médica pneumologista, “seria ter tempo e espaço físico para podermos responder aos doentes na avaliação crónica de rotina e na avaliação das exacerbações uma vez que isto faz muita diferença no prognóstico destes doentes – a atuação atempada e adequada quando agudizam”.
O Centro Hospitalar e Universitário de S. João é, desde 2017, Centro de Referência de Fibrose Quística sendo a Dr.ª Adelina Amorim a responsável pela unidade de adultos - a unidade de crianças é da responsabilidade da Pediatria -, no entanto, ambas as especialidades funcionam como um centro conjunto.
Relativamente ao funcionamento deste Centro de Referência, a Dr.ª Adelina Amorim, que integra o serviço desde 2000, explica que “está organizado de uma forma multidisciplinar, embora os doentes sejam centralizados na Pneumologia. Todas as outras especialidades são de apoio, são referenciadas por nós e, portanto, são satélites à consulta da Pneumologia, sendo esta uma consulta que necessita imenso desse apoio multidisciplinar”. Assim, além da consulta de avaliação de transplante pela Pneumologia, existem outras consultas paralelas, algumas das quais simultaneamente com a consulta de Pneumologia de forma a minimizar deslocações ao hospital, tais como a consulta de Psicologia e “uma consulta recém criada de serviços farmacêuticos e que tem sido muito importante para uma melhor adesão terapêutica dos doentes e uma melhor vigilância de efeitos secundários da terapêutica”.
Estando dedicada a esta área desde 2005, a Dr.ª Adelina Amorim recorda que, quando começou, “havia um grupo de doentes bastante restrito, resultado de ainda não termos uma consulta organizada e da sobrevida ser muito mais curta quando comparada ao dia de hoje”. Houve, desde então, um crescimento e uma “melhoria progressiva dos cuidados prestados a esses doentes que se prende com o seguimento de protocolos, com uma vigilância apertada, com uma grande disponibilidade para os doentes sempre que a sua doença agrava e com o apoio multidisciplinar. Depois, a partir de 2019, a evolução terapêutica, com os moduladores da CFTR causaram uma revolução na doença”, explica a médica pneumologista.
Algo igualmente importante e com impacto na sobrevida, para a Dr.ª Adelina Amorim, é “o diagnóstico em formas adultas: ao longo destes anos estamos muito mais alerta, portanto, há muito mais colegas da Pneumologia (e não só) a pensar na possibilidade de uma fibrose quística num doente adulto e todos os anos temos tido dois, três diagnósticos em doentes com 30, 40 e até 50 anos. Os colegas já não acham estranha a possibilidade de se pedir uma prova de suor a um doente com 20, 30 ou 40 anos sempre que clinicamente fizer sentido e existirem traços da doença. Antigamente persistia a ideia de que a fibrose quística era uma doença da Pediatria, isso tem mudado e tem contribuído para este aumento gradual, portanto, em que tínhamos cinco, seis doentes quando começamos e agora temos 57 doentes em seguimento no centro de referência”.
A Dr.ª Adelina Amorim dedica também parte da sua atividade a doentes com bronquiectasias não fibrose quística – consulta que tem perto de 300 doentes em seguimento. “Doentes que são muito exacerbadores” pelo que, o grande desafio nesta área, para a médica pneumologista, “seria ter tempo e espaço físico para podermos responder aos doentes na avaliação crónica de rotina e na avaliação das exacerbações uma vez que isto faz muita diferença no prognóstico destes doentes – a atuação atempada e adequada quando agudizam”.
O internamento é, para o Prof. Venceslau Hespanhol, “imprescindível. É uma base que suporta as intervenções em todas as valências, especialmente quando há necessidade de uma avaliação ou tratamento mais intensivos”.
É a esta área do internamento que a Dr.ª Ana Rosa Santos dedica grande parte da sua atividade. A médica pneumologista, que está desde 1992 neste serviço, falou-nos sobre como está estruturado, neste hospital, o internamento em Pneumologia, que conta, atualmente, com 24 camas: “uma vez que era impossível, apesar das 24 camas, alojarmos toda a patologia respiratória, existe, desde 2007, um acordo com o Serviço de Medicina Interna. Na Pneumologia ficamos sobretudo com os casos de cancro do pulmão, tudo o que seja a patologia da pleura, hemoptises e tuberculose e com as áreas específicas que existem e que damos apoio, como a fibrose quística, transplantados e bronquiectasias. As doenças pulmonares obstrutivas crónicas, pneumonias, asmas, ficam ao cuidado da Medicina Interna”.
Esta é também uma valência que tem sofrido grandes alterações ao longo do tempo, nomeadamente na gravidade dos doentes que “tem aumentado muito e, hoje em dia, o internamento é muito pesado, é uma área muito complicada e que obriga a um esforço suplementar dos pneumologistas para o manterem e que tem sempre uma imensa pressão”, refere o diretor do serviço. Também a Dr.ª Ana Rosa Santos salienta este ponto destacando que o facto de aumentar a sobrevida dos doentes em patologias como o cancro do pulmão ou das doenças do interstício, “traz mais desafios ao internamento uma vez que os doentes já são internados em muito pior estado, o que é bom, por significar que viveram bem durante muito tempo, mas que representa um maior desafio nos doentes internados”.
O internamento é, para o Prof. Venceslau Hespanhol, “imprescindível. É uma base que suporta as intervenções em todas as valências, especialmente quando há necessidade de uma avaliação ou tratamento mais intensivos”.
É a esta área do internamento que a Dr.ª Ana Rosa Santos dedica grande parte da sua atividade. A médica pneumologista, que está desde 1992 neste serviço, falou-nos sobre como está estruturado, neste hospital, o internamento em Pneumologia, que conta, atualmente, com 24 camas: “uma vez que era impossível, apesar das 24 camas, alojarmos toda a patologia respiratória, existe, desde 2007, um acordo com o Serviço de Medicina Interna. Na Pneumologia ficamos sobretudo com os casos de cancro do pulmão, tudo o que seja a patologia da pleura, hemoptises e tuberculose e com as áreas específicas que existem e que damos apoio, como a fibrose quística, transplantados e bronquiectasias. As doenças pulmonares obstrutivas crónicas, pneumonias, asmas, ficam ao cuidado da Medicina Interna”.
Esta é também uma valência que tem sofrido grandes alterações ao longo do tempo, nomeadamente na gravidade dos doentes que “tem aumentado muito e, hoje em dia, o internamento é muito pesado, é uma área muito complicada e que obriga a um esforço suplementar dos pneumologistas para o manterem e que tem sempre uma imensa pressão”, refere o diretor do serviço. Também a Dr.ª Ana Rosa Santos salienta este ponto destacando que o facto de aumentar a sobrevida dos doentes em patologias como o cancro do pulmão ou das doenças do interstício, “traz mais desafios ao internamento uma vez que os doentes já são internados em muito pior estado, o que é bom, por significar que viveram bem durante muito tempo, mas que representa um maior desafio nos doentes internados”.
Pneumologista no serviço desde 2008, onde antes fez também a sua especialidade, a Dr.ª Anabela Marinho é atualmente a responsável pelo Laboratório de Função Respiratória, cargo que acumula com a consulta de insuficientes respiratórios.
No que diz respeito ao funcionamento do laboratório, “é um setor complexo e que está organizado para estudar o doente desde o repouso até ao exercício, incluindo assim todo o manancial como espirometria, pletismografia, DLCO, gasimetrias, provas de exercício cardiopulmonar, prova de marcha de seis minutos, monóxido de carbono e FeNO. Depois temos também oximetrias noturnas. Portanto, a avaliação dos doentes é em repouso, é enquanto dormem, é no exercício, incluímos toda a amplitude de avaliação de um doente pneumológico aqui no laboratório”, explica a responsável.
A médica pneumologista não tem dúvida da importância que estas provas funcionais assumem, considerando que são “uma pedra basilar no estudo dos doentes respiratórios. É uma área de todo o interesse, que faz parte do estudo dos doentes na maior parte das situações, na caracterização de várias patologias, no diagnóstico, na estratificação e depois no seguimento, nomeadamente de averiguar a resposta ao tratamento”. É por isto tudo que considera ser fundamental “estimar, segurar e zelar pela qualidade da função respiratória”.
Pneumologista no serviço desde 2008, onde antes fez também a sua especialidade, a Dr.ª Anabela Marinho é atualmente a responsável pelo Laboratório de Função Respiratória, cargo que acumula com a consulta de insuficientes respiratórios.
No que diz respeito ao funcionamento do laboratório, “é um setor complexo e que está organizado para estudar o doente desde o repouso até ao exercício, incluindo assim todo o manancial como espirometria, pletismografia, DLCO, gasimetrias, provas de exercício cardiopulmonar, prova de marcha de seis minutos, monóxido de carbono e FeNO. Depois temos também oximetrias noturnas. Portanto, a avaliação dos doentes é em repouso, é enquanto dormem, é no exercício, incluímos toda a amplitude de avaliação de um doente pneumológico aqui no laboratório”, explica a responsável.
A médica pneumologista não tem dúvida da importância que estas provas funcionais assumem, considerando que são “uma pedra basilar no estudo dos doentes respiratórios. É uma área de todo o interesse, que faz parte do estudo dos doentes na maior parte das situações, na caracterização de várias patologias, no diagnóstico, na estratificação e depois no seguimento, nomeadamente de averiguar a resposta ao tratamento”. É por isto tudo que considera ser fundamental “estimar, segurar e zelar pela qualidade da função respiratória”.
Quanto à consulta de insuficientes respiratórios, esta nasce, nas palavras da Dr.ª Anabela Marinho, para “dar resposta aos doentes que já são seguidos na Pneumologia por outros diagnósticos e patologias, mas que em alguma parte do seu percurso vai surgir a insuficiência respiratória sendo, por isso, fundamental haver um seguimento dentro da Pneumologia, dentro do grupo de trabalho, e que crie resposta às necessidades crescentes de oxigénio de alto fluxo e de ventilação, por exemplo”. Para o futuro, nesta área, a médica pneumologista gostaria de ver organizada uma consulta de insuficientes respiratórios noutro espaço físico, que permitisse aumentar a oferta, e também a inclusão de outros profissionais tornando-a multidisciplinar. “Neste momento, já temos algumas valências para além da médica, como a Fisioterapia, mas gostaríamos de aumentar esta multidisciplinariedade”, conclui a pneumologista.
O Téc. Paulo Viena, técnico de diagnóstico e terapêutica, gere uma equipa de nove elementos que, no laboratório, desempenham as funções “desde as técnicas mais simples, como a espirometria, às técnicas mais especializadas, como as provas cardiopulmonares”. Explica que têm três gabinetes para a realização das provas de função respiratória e um gabinete para as provas de esforço cardiopulmonar. Há praticamente 30 anos neste serviço, o técnico relembra os primeiros tempos em que existia apenas um aparelho e o número de consultas era muito baixo. Já hoje “as solicitações são muitas, temos três aparelhos que trabalham ininterruptamente desde as 8:00 até 17:30, com 14 exames dias/aparelho”.
Quanto à consulta de insuficientes respiratórios, esta nasce, nas palavras da Dr.ª Anabela Marinho, para “dar resposta aos doentes que já são seguidos na Pneumologia por outros diagnósticos e patologias, mas que em alguma parte do seu percurso vai surgir a insuficiência respiratória sendo, por isso, fundamental haver um seguimento dentro da Pneumologia, dentro do grupo de trabalho, e que crie resposta às necessidades crescentes de oxigénio de alto fluxo e de ventilação, por exemplo”. Para o futuro, nesta área, a médica pneumologista gostaria de ver organizada uma consulta de insuficientes respiratórios noutro espaço físico, que permitisse aumentar a oferta, e também a inclusão de outros profissionais tornando-a multidisciplinar. “Neste momento, já temos algumas valências para além da médica, como a Fisioterapia, mas gostaríamos de aumentar esta multidisciplinariedade”, conclui a pneumologista.
O Téc. Paulo Viena, técnico de diagnóstico e terapêutica, gere uma equipa de nove elementos que, no laboratório, desempenham as funções “desde as técnicas mais simples, como a espirometria, às técnicas mais especializadas, como as provas cardiopulmonares”. Explica que têm três gabinetes para a realização das provas de função respiratória e um gabinete para as provas de esforço cardiopulmonar. Há praticamente 30 anos neste serviço, o técnico relembra os primeiros tempos em que existia apenas um aparelho e o número de consultas era muito baixo. Já hoje “as solicitações são muitas, temos três aparelhos que trabalham ininterruptamente desde as 8:00 até 17:30, com 14 exames dias/aparelho”.
Na conversa com a Dr.ª Isabel Gomes foi possível conhecer mais sobre outras duas valências deste serviço de Pneumologia: reabilitação respiratória e consulta de cessação tabágica – duas áreas às quais a médica pneumologista dedica grande parte do seu trabalho.
Relativamente ao setor da reabilitação respiratória, este dá apoio aos doentes do serviço, internados ou em ambulatório, existindo uma equipa com enfermeiros de reabilitação a isso dedicada. O objetivo é, para a Dr.ª Isabel Gomes, “trazermos mais-valias aos doentes respiratórios. A reabilitação respiratória complementa de uma forma muito importante o tratamento farmacológico, tendo um impacto muito positivo na qualidade de vida dos doentes, das suas famílias e tendo também impacto na sua autonomia e no seu bem-estar físico e psicológico”. No entanto, é sabido que, apesar destes benefícios, a oferta não consegue ser suficiente para os que dela necessitam, sendo este o principal desafio apontado pela médica pneumologista nesta área: “a oferta, sobretudo para quem vive mais perifericamente, não é aquela que deveria ser e, portanto, sentimos ainda a dificuldade de oferecer a todos os doentes, de forma igual, o acesso a este tratamento - embora existam já formas de tentar colmatar isso com equipas que se procuram formar nos cuidados de saúde primários, para apoio no domicílio dos doentes e temos também a perspetiva que as novas tecnologias, sobretudo, através da telemedicina, possam dar aqui um valor acrescentado neste tipo de apoio aos doentes”.
A consulta de cessação tabágica existe neste serviço há mais de 20 anos havendo um período desta consulta por semana com alguns especialistas a ela alocados. Esta é, para a Dr.ª Isabel Gomes, “uma consulta fundamental para qualquer serviço que trata doentes com patologia que resulta do tabaco. Temos também esta possibilidade de, de uma forma mais próxima, podermos encaminhar os doentes fumadores para este apoio que nem sempre tem o sucesso que desejaríamos, mas sabemos também que deixar de fumar não é fácil, muitas vezes exige mais do que uma tentativa para o fumador. O importante é também o fumador saber que tem a possibilidade de ter esta ajuda e ter esta opção para deixar de fumar”. E também aqui a pneumologista gostaria de “aumentar a acessibilidade, nomeadamente para a população em geral e não apenas para o doente respiratório dado o impacto enorme que tem na saúde. Era muito importante que qualquer utente tivesse um acesso fácil e direto e este tipo de ajuda”.
Na conversa com a Dr.ª Isabel Gomes foi possível conhecer mais sobre outras duas valências deste serviço de Pneumologia: reabilitação respiratória e consulta de cessação tabágica – duas áreas às quais a médica pneumologista dedica grande parte do seu trabalho.
Relativamente ao setor da reabilitação respiratória, este dá apoio aos doentes do serviço, internados ou em ambulatório, existindo uma equipa com enfermeiros de reabilitação a isso dedicada. O objetivo é, para a Dr.ª Isabel Gomes, “trazermos mais-valias aos doentes respiratórios. A reabilitação respiratória complementa de uma forma muito importante o tratamento farmacológico, tendo um impacto muito positivo na qualidade de vida dos doentes, das suas famílias e tendo também impacto na sua autonomia e no seu bem-estar físico e psicológico”. No entanto, é sabido que, apesar destes benefícios, a oferta não consegue ser suficiente para os que dela necessitam, sendo este o principal desafio apontado pela médica pneumologista nesta área: “a oferta, sobretudo para quem vive mais perifericamente, não é aquela que deveria ser e, portanto, sentimos ainda a dificuldade de oferecer a todos os doentes, de forma igual, o acesso a este tratamento - embora existam já formas de tentar colmatar isso com equipas que se procuram formar nos cuidados de saúde primários, para apoio no domicílio dos doentes e temos também a perspetiva que as novas tecnologias, sobretudo, através da telemedicina, possam dar aqui um valor acrescentado neste tipo de apoio aos doentes”.
A consulta de cessação tabágica existe neste serviço há mais de 20 anos havendo um período desta consulta por semana com alguns especialistas a ela alocados. Esta é, para a Dr.ª Isabel Gomes, “uma consulta fundamental para qualquer serviço que trata doentes com patologia que resulta do tabaco. Temos também esta possibilidade de, de uma forma mais próxima, podermos encaminhar os doentes fumadores para este apoio que nem sempre tem o sucesso que desejaríamos, mas sabemos também que deixar de fumar não é fácil, muitas vezes exige mais do que uma tentativa para o fumador. O importante é também o fumador saber que tem a possibilidade de ter esta ajuda e ter esta opção para deixar de fumar”. E também aqui a pneumologista gostaria de “aumentar a acessibilidade, nomeadamente para a população em geral e não apenas para o doente respiratório dado o impacto enorme que tem na saúde. Era muito importante que qualquer utente tivesse um acesso fácil e direto e este tipo de ajuda”.
Relativamente ao internato médico realizado neste serviço, o Prof. Venceslau Hespanhol refere que existem dois internos por ano e que, durante o seu percurso, têm a oportunidade de transitar entre as várias valências, sendo isso algo que está “completamente definido e organizado”.
Além desses dois internos, “recebemos, ao mesmo tempo, outros que vêm de diferentes áreas do país, ou até do estrangeiro, para melhorar os seus conhecimentos em termos de formação existindo áreas que são muito requisitadas como a das doenças pulmonares difusas e a broncoscopia”.
Relativamente ao internato médico realizado neste serviço, o Prof. Venceslau Hespanhol refere que existem dois internos por ano e que, durante o seu percurso, têm a oportunidade de transitar entre as várias valências, sendo isso algo que está “completamente definido e organizado”.
Além desses dois internos, “recebemos, ao mesmo tempo, outros que vêm de diferentes áreas do país, ou até do estrangeiro, para melhorar os seus conhecimentos em termos de formação existindo áreas que são muito requisitadas como a das doenças pulmonares difusas e a broncoscopia”.
A Dr.ª Mariana Martins está no seu 5.º ano de internato de Pneumologia neste hospital e refere que esta experiência “é exigente” e que este é um local, dada a amplitude de valências de que dispõe, “que consegue oferecer tudo aquilo que considera ser necessário em termos da formação enquanto médico pneumologista”. Mas, para a interna, “não basta ter as valências, é importante fazê-las bem, de forma adequada, e é exatamente por isso que vêm para cá muitos internos de outros hospitais fazer estágio nessas mesmas valências”.
Também a Dr.ª Leonor Almeida, especialista desde 2021, fez o seu internato neste serviço, uma experiência que recorda como “muito trabalhosa, mas também muito rica em termos do que foi proporcionado”. Sobre a equipa do serviço de Pneumologia destaca a vantagem de ser uma equipa heterógena em termos de idade, cada vez a ficar mais jovem, porque, tal como aconteceu no seu caso, “temos tido a sorte de conseguir absorver muitos dos internos”. Hoje em dia, a Dr.ª Leonor Almeida além das funções na enfermaria e serviço de urgência, faz a consulta de fibrose quística e transplante pulmonar.
A Dr.ª Mariana Martins está no seu 5.º ano de internato de Pneumologia neste hospital e refere que esta experiência “é exigente” e que este é um local, dada a amplitude de valências de que dispõe, “que consegue oferecer tudo aquilo que considera ser necessário em termos da formação enquanto médico pneumologista”. Mas, para a interna, “não basta ter as valências, é importante fazê-las bem, de forma adequada, e é exatamente por isso que vêm para cá muitos internos de outros hospitais fazer estágio nessas mesmas valências”.
Também a Dr.ª Leonor Almeida, especialista desde 2021, fez o seu internato neste serviço, uma experiência que recorda como “muito trabalhosa, mas também muito rica em termos do que foi proporcionado”. Sobre a equipa do serviço de Pneumologia destaca a vantagem de ser uma equipa heterógena em termos de idade, cada vez a ficar mais jovem, porque, tal como aconteceu no seu caso, “temos tido a sorte de conseguir absorver muitos dos internos”. Hoje em dia, a Dr.ª Leonor Almeida além das funções na enfermaria e serviço de urgência, faz a consulta de fibrose quística e transplante pulmonar.
Questionado sobre quais considera serem as mais-valias deste serviço, o Prof. Venceslau Hespanhol acredita que a ligação direta que existe com a Faculdade de Medicina e as implicações que isso tem em termos de investigação adicional “tem repercussão direta nos doentes, uma vez que beneficiam dos resultados do que se faz”. Além disso, o diretor do serviço destaca o facto de o hospital dispor de tecnologia de ponta e tratamentos inovadores “muito antes de estarem disponíveis de forma ‘natural’ o que se deve aos ensaios clínicos que fazemos – uns de iniciativa própria, outros para os quais somos convidados a entrar precisamente pelas condições de que dispomos - temos um grande número de doentes com vários tipos de patologias”.
Ainda neste âmbito, o Prof. António Morais destacou, como principal mais-valia do serviço, “as pessoas que aqui trabalham”. E aí, o médico pneumologista relembra que “quando começámos a fazer as primeiras criobiópsias era muito cedo – a descrição das criobiópsias foi feita ali por 2009-2010 e nós, em 2014, começámos a fazer - havia poucos centros, mesmo na Europa, a fazer, não era conhecido e os meus superiores podiam olhar e achar, «mas será que temos necessidade de fazer isto?» Mas houve sempre um grande suporte que permitiu um grande desenvolvimento, de uma forma serena”. Para o atual presidente da SPP, existe, neste serviço, “uma cultura colocada por muitos, nomeadamente pelos elementos mais seniores e do qual se destaca o atual diretor do serviço, de ser um serviço muito focado na assistência ao doente, na assistência quer do ponto de vista técnica, como do ponto de vista humano. Acredito que os doentes que são aqui assistidos têm a noção de que lhes é feito tudo aquilo que é permitido do ponto de vista da Medicina e que é feito com a regularidade em termos de assistência, de consultas e de tratamentos que deve existir. E isso acho que é o objetivo máximo de um serviço médico, seja ele qual for e, portanto, acho que este serviço de Pneumologia cumpre esse desígnio”.
Questionado sobre quais considera serem as mais-valias deste serviço, o Prof. Venceslau Hespanhol acredita que a ligação direta que existe com a Faculdade de Medicina e as implicações que isso tem em termos de investigação adicional “tem repercussão direta nos doentes, uma vez que beneficiam dos resultados do que se faz”. Além disso, o diretor do serviço destaca o facto de o hospital dispor de tecnologia de ponta e tratamentos inovadores “muito antes de estarem disponíveis de forma ‘natural’ o que se deve aos ensaios clínicos que fazemos – uns de iniciativa própria, outros para os quais somos convidados a entrar precisamente pelas condições de que dispomos - temos um grande número de doentes com vários tipos de patologias”.
Ainda neste âmbito, o Prof. António Morais destacou, como principal mais-valia do serviço, “as pessoas que aqui trabalham”. E aí, o médico pneumologista relembra que “quando começámos a fazer as primeiras criobiópsias era muito cedo – a descrição das criobiópsias foi feita ali por 2009-2010 e nós, em 2014, começámos a fazer - havia poucos centros, mesmo na Europa, a fazer, não era conhecido e os meus superiores podiam olhar e achar, «mas será que temos necessidade de fazer isto?» Mas houve sempre um grande suporte que permitiu um grande desenvolvimento, de uma forma serena”. Para o atual presidente da SPP, existe, neste serviço, “uma cultura colocada por muitos, nomeadamente pelos elementos mais seniores e do qual se destaca o atual diretor do serviço, de ser um serviço muito focado na assistência ao doente, na assistência quer do ponto de vista técnica, como do ponto de vista humano. Acredito que os doentes que são aqui assistidos têm a noção de que lhes é feito tudo aquilo que é permitido do ponto de vista da Medicina e que é feito com a regularidade em termos de assistência, de consultas e de tratamentos que deve existir. E isso acho que é o objetivo máximo de um serviço médico, seja ele qual for e, portanto, acho que este serviço de Pneumologia cumpre esse desígnio”.
O Enf. Pedro Pinheiro ressaltou este mesmo desafio na equipa de enfermagem: “dar o melhor ao utente que está cá internado e depois tentarmos ser melhores naquilo que fazemos, termos uma evolução continua, não estarmos estagnados e procurarmos sempre fazer o melhor numa contínua evolução da nossa prática para melhor podermos satisfazer o utente”. Há 27 anos neste serviço, salientou ainda a relação positiva que existe entre a equipa de enfermagem e a equipa médica.
Também a Dr.ª Carla Damas, responsável pela coordenação da consulta de Pneumologia, destaca como um trunfo do serviço “o corpo clínico e a interação do corpo clínico com os restantes membros do serviço. O serviço é um todo, não é só o grupo de médicos, é também o serviço de enfermagem, os auxiliares de ação médica. Eu creio que, no geral, é um serviço muito bem integrado e com muito bom ambiente e isso permite que se trabalhe com bastante facilidade e que, mesmo em situações mais complexas, haja soluções com a colaboração de todos”. A consulta de Pneumologia tem um grande peso na atividade assistencial deste serviço, com o número de primeiras consultas a aumentar quase em 20% de 2022 para 2023. Este ano, já foram ultrapassadas as 30 mil consultas, tendo já sido superados os anos anteriores à pandemia.
O Enf. Pedro Pinheiro ressaltou este mesmo desafio na equipa de enfermagem: “dar o melhor ao utente que está cá internado e depois tentarmos ser melhores naquilo que fazemos, termos uma evolução continua, não estarmos estagnados e procurarmos sempre fazer o melhor numa contínua evolução da nossa prática para melhor podermos satisfazer o utente”. Há 27 anos neste serviço, salientou ainda a relação positiva que existe entre a equipa de enfermagem e a equipa médica.
Também a Dr.ª Carla Damas, responsável pela coordenação da consulta de Pneumologia, destaca como um trunfo do serviço “o corpo clínico e a interação do corpo clínico com os restantes membros do serviço. O serviço é um todo, não é só o grupo de médicos, é também o serviço de enfermagem, os auxiliares de ação médica. Eu creio que, no geral, é um serviço muito bem integrado e com muito bom ambiente e isso permite que se trabalhe com bastante facilidade e que, mesmo em situações mais complexas, haja soluções com a colaboração de todos”. A consulta de Pneumologia tem um grande peso na atividade assistencial deste serviço, com o número de primeiras consultas a aumentar quase em 20% de 2022 para 2023. Este ano, já foram ultrapassadas as 30 mil consultas, tendo já sido superados os anos anteriores à pandemia.
Quanto a planos para o futuro, a Dr.ª Carla Damas referiu a vontade que existe de “um centro ambulatório com dedicação exclusiva às doenças respiratórias, algo que seria um ganho imenso para o serviço, mas principalmente para os doentes ao proporcionar cuidados mais céleres e diferenciados”. Também o Prof. Venceslau Hespanhol referiu este projeto que, na sua opinião, “permitiria dar uma resposta muito mais orientada e abrangente e para os doentes seria importante”. O diretor do serviço acrescentou que este “é um plano que temos anualmente inscrito na nossa contratualização – um centro ambulatório com várias áreas que permitam uma atuação nas situações agudas, para não ir tudo para a urgência, e que permita fazer não só o diagnóstico, mas também o tratamento e que envolva igualmente a função respiratória”.
Também na área da Pneumologia de intervenção, o Prof. Venceslau Hespanhol refere ser necessária uma área maior, dada a grande evolução a que se tem assistido.
Em conclusão, o médico pneumologista refere existirem “muitas áreas com necessidade de evoluir e que isso vai acontecer a seu próprio tempo. Tal como este serviço comparado com o que tínhamos quando começámos. Foi uma evolução enorme de meios humanos, tecnológicos e científicos. Mas as coisas evoluem e as capacidades de hoje, daqui a 10 anos, terão de ser efetivamente maiores porque interferimos, com êxito, na evolução natural das doenças. As pessoas estão à espera que continuemos a interferir e, para que isso ocorra, teremos de ter mais recursos. Esta é, para mim, uma das grandes questões atuais, como o vamos conseguir”.
Quanto a planos para o futuro, a Dr.ª Carla Damas referiu a vontade que existe de “um centro ambulatório com dedicação exclusiva às doenças respiratórias, algo que seria um ganho imenso para o serviço, mas principalmente para os doentes ao proporcionar cuidados mais céleres e diferenciados”. Também o Prof. Venceslau Hespanhol referiu este projeto que, na sua opinião, “permitiria dar uma resposta muito mais orientada e abrangente e para os doentes seria importante”. O diretor do serviço acrescentou que este “é um plano que temos anualmente inscrito na nossa contratualização – um centro ambulatório com várias áreas que permitam uma atuação nas situações agudas, para não ir tudo para a urgência, e que permita fazer não só o diagnóstico, mas também o tratamento e que envolva igualmente a função respiratória”.
Também na área da Pneumologia de intervenção, o Prof. Venceslau Hespanhol refere ser necessária uma área maior, dada a grande evolução a que se tem assistido.
Em conclusão, o médico pneumologista refere existirem “muitas áreas com necessidade de evoluir e que isso vai acontecer a seu próprio tempo. Tal como este serviço comparado com o que tínhamos quando começámos. Foi uma evolução enorme de meios humanos, tecnológicos e científicos. Mas as coisas evoluem e as capacidades de hoje, daqui a 10 anos, terão de ser efetivamente maiores porque interferimos, com êxito, na evolução natural das doenças. As pessoas estão à espera que continuemos a interferir e, para que isso ocorra, teremos de ter mais recursos. Esta é, para mim, uma das grandes questões atuais, como o vamos conseguir”.
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REDAÇÃO:
Andreia Pinto
Cátia Jorge
Rita Rodrigues
FOTOGRAFIA E VIDEO:
João Ferrão
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DESIGN:
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